A liberdade de estar junto
- Ana
- 18 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de ago. de 2020
Eu acredito em pessoas livres.
E acredito em pessoas livres que decidem estar juntas.
O problema é a confusão que se faz entre liberdade e promiscuidade. Ser livre em um relacionamento é diferente de não ter respeito pela outra pessoa.
Ninguém necessita de outra pessoa para ser feliz. Ninguém é dono de outra pessoa. As pessoas possuem poder de escolha, de querer ficar ou de partir. E é libertador entender isso.
Cada pessoa é única. Com suas qualidades e defeitos. Com suas experiências de vida. Com as alegrias e dores que passou. Com seus próprios gostos e desgostos. Com suas crenças e regras. Com suas próprias decisões. Com seu ritmo. Única.
E escolher alguém para dividir isso é muito especial.
Deixar de ser única é como perder a identidade. E não respeitar isso, é como apagar a alma da pessoa.
Quando penso que outra pessoa é minha, eu estou transformando um ser único em uma posse. Algo que eu posso ter e jogar fora quando bem entender. Algo que eu posso comandar. Algo que eu sou o dono.
E pessoas não são posses.
E por isso é tão difícil manter um relacionamento.
Se as pessoas são livres para irem quando bem entender, por que elas ficam? E é aí que mora o segredo. Elas ficam porque querem ficar. Porque mesmo podendo ir, decidem que é melhor estar ali.
Não precisou perder a própria essência para estar ali. Não precisou deixar de ser quem é. Não precisou abandonar o passado. Não precisou deixar projetos e planos de lado. Não precisou se afastar de pessoas. Não precisou reprimir pensamentos.
Apenas somou. E relacionamento é soma.
Se é preciso se anular para estar ali, isso se transforma em peso. E esse peso vai se tornando tão grande, que chega a um ponto que não se consegue mais carregar. E você solta. Ou mais triste, se conforma em carregá-lo.
Por isso eu acredito na liberdade de estar junto. No respeito que existe no amor. Na parceria de apoiar o outro. Na evolução como casal. Nas decisões individuais e conjuntas. Em duas pessoas livres que decidem estar lado a lado.
E é tão bom voar sabendo que existe um ninho para voltar.
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