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Abrindo o baú

  • Foto do escritor: Ana
    Ana
  • 21 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Vocês já pararam pra pensar em quantas vezes a gente se esforça para agradar as outras pessoas? E o contrário também, quantas vezes pessoas já se esforçaram para nos agradar?


Quem não gosta de se sentir lembrado?

Quem não gosta de receber uma demonstração de carinho?


Para um relacionamento se manter, seja ele da natureza que for, é necessário esforço.


E não estou falando de obrigação. Esforço é você querer muito algo e ir atrás disso. Se o esforço é feito por obrigação, perde toda a graça.


Esses dias eu estava em casa assistindo série, sozinha. Fui dar uma olhadinha no whatsapp e tive uma feliz surpresa. Uma amiga do tempo do colégio (não vou falar quantos anos atrás para manter minha dignidade) me encaminhou uma foto. Essa foto era do convite da minha formatura da faculdade. Ela guardou, e numa organização nas coisas dela, encontrou.


Desse "olha o que eu encontrei" surgiu uma conversa de umas duas horas. Essa conversa não começou com "oi, tudo bem?". Ela começou de uma lembrança. E seguiu.


É desse tipo de amizade que eu gosto. Sem frescura. Sem cobrança.


Muitos motivos nos levam a ficar tempo sem falar com algumas pessoas. E não é porque gostamos menos delas. Esses motivos, na verdade, não importam. E é lamentável perder tempo pensando neles.


Já pararam pra pensar em quanto se perde pensando nos motivos, ao invés de dar o primeiro passo? Ou pior, quanto tempo se perde imaginando a reação da outra pessoa, se será boa ou ruim? E quantas vezes desistimos de iniciar algo que seria muito bom?


Eu tenho a alegria de ter muitos amigos, que nem sempre estão ao meu lado fisicamente, que nem sempre conversamos. Mas que o reencontro é sempre feliz e cheio de carinho. Podemos passar anos sem nos falar, a vida nos afasta, o tempo passa rápido, nossa rotina fica tumultuada, mas nada muda. Porque o vinculo que se cria com as pessoas não quebra tão facilmente.


As lembranças ficam, as histórias ficam, o carinho fica.


E o reencontro é cheio de saudade. A conversa é gostosa e cheia de lembranças. E quando acaba fica um gosto de "quero mais". As promessas de não deixar tanto tempo passar. Um "tchau" precedido de um convite para um café que pode não ocorrer. E lá se vão mais alguns anos sem falar com a pessoa.


Triste? Depende do ponto de vista. Eu fico muito alegre com esses reencontros. Porque a vida nos afasta, o tempo passa rápido e a nossa rotina fica tumultuada, mas precisamos saber aproveitar o tempo que passamos juntos.


E de vez em quando, abrir o baú.

 
 
 

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