Filósofos de mesa de bar

Um certo dia estava eu, bebendo uma cerveja, e conversando com uma grande amiga minha, e estávamos falando sobre pessoas e mudanças. E a pergunta que nos veio é - As pessoas mudam verdadeiramente?

Filósofos de mesa de bar existem aos montes, e nós não somos diferentes. Mas ela me disse uma coisa que me deixou pensativa. Ela disse que a essência das pessoas não muda. A pessoa pode mudar, evoluir, ficar mais experiente. Mas a sua essência não muda.

E aí fui no dicionário para ver o que significa essência. E essência é aquilo que é o mais básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo. É a ideia central, o argumento principal; espírito.

A nossa essência é o que há de mais básico no nosso ser. É a raiz de tudo. É aquilo que vem sendo moldado desde que nós nascemos. E com certeza isso não muda. Isso faz parte da gente.

Nós podemos mudar as atitudes, mudar os gostos musicais, mudar o estilo de se vestir, evoluir a maneira de pensar. Mas a nossa essência permanece. Seja ela boa ou ruim.

Eu não sou profissional nessa área, nem almejo ser. Mas de uma cerveja com uma amiga me veio a percepção de que escolhemos as pessoas que estão próximas a nós pela sua essência. Porque isso sempre vem a tona, por mais que se queira esconder.

Sabe aquela frase, "o meu santo bateu com o dela"? Na minha percepção é a alma de uma pessoa dando "olá" para a da outra, se reconhecendo. E o que é a nossa alma se não a nossa essência? Pura e simples.

Com o tempo nós ficamos mais seletivos, seja com comida, bebida, perfumes, roupas. E acredito que com pessoas também. Isso vem da nossa maior facilidade em perceber no outro algo em comum com nós mesmos. É perceber no outro um sentimento que te faz bem, e que você quer por perto. É sentir confiança. É se sentir compreendido.

E isso nada mais é do que a essência do outro "batendo" com a tua.

E é muito bom quando isso acontece.

E tudo isso surgiu a partir de um copo de cerveja com alguém com uma essência que "bateu" com a minha.