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Didi e Lola

  • Foto do escritor: Ana
    Ana
  • 25 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Estou aqui olhando a Didi e a Lola dormirem. Coloquei a caminha das duas no sol e elas se aninharam em um gostoso soninho da tarde.


Meu marido sempre quis ter um animal de estimação, desde a infância, mas nunca teve. O sonho dele era ter um cachorro. Quando completamos um ano de casados nos "demos de presente" a Didi. A Didi chegou dominando tudo, principalmente nossos corações.


Depois de mais ou menos um ano, comecei a sentir que a Didi estava muito sozinha. E foi então que surgiu a Lola. E a família canina ficou completa.


Gosto de ficar observando elas.


Aprendo tanto vendo a forma como elas lidam com tudo.


A felicidade com que nos recebem quando chegamos em casa depois de um dia inteiro longe, ou mesmo depois de ter saído somente para colocar o lixo fora. A alegria delas é sempre a mesma. E demonstram a falta que sentem ao ficar longe de nós, mesmo se foram só cinco minutos.


Pra quantas pessoas demonstramos, com a mesma intensidade, a falta que fizeram para nós e o quão felizes estamos em vê-las?


Eu nunca mais me senti sozinha depois que elas chegaram aqui em casa. Onde eu estou, elas estão. Seja lavando a louça, onde elas se deitam nos meus pés. Seja mexendo no jardim, onde elas ficam em volta cheirando tudo. Até mesmo no banheiro não me sinto mais sozinha. Elas estão sempre ao meu lado.


Quando gostamos de alguém, queremos estar perto. Quando nos sentimos confortáveis e seguros com uma pessoa, queremos que ela nunca mais saia do nosso lado. Com exceção do banheiro, né? Então, por que muitas vezes nos afastamos de quem mais gostamos e de quem nos faz bem?


Quando elas eram filhotes eu comprei inúmeros brinquedos. Mas sabe com o que elas gostavam de brincar? Com galhos que achavam no pátio e folhas caídas das plantas. Porque pra elas importava mais a diversão do que o brinquedo. Quantas vezes deixamos de aproveitar as coisas simples da vida por achar que só podemos ser felizes com muito?


Todas as vezes que a Didi e a Lola são repreendidas ou se chateiam com algo, elas vão para a cama e esperam. Ou até dormem. Que baita ensinamento! Resolver os problemas com a cabeça quente tendem a piorar a situação. Nada melhor que parar, respirar e dar "tempo ao tempo".


E o que são os rabinhos balançantes quando estão felizes? Te fazem sorrir só de ver. Cães são campeões em demonstrar seus sentimentos. Rabinhos balançam quando estão alegres e rabinhos ficam baixos quando estão tristes ou desconfiados. Quando vêem algo estranho latem e quando sentem dor choramingam. A Didi e a Lola quando não entendem algo viram a cabeça de lado. Tão simples de entender os sinais, isso que nem falam.


Por que para nós é tão difícil? Podemos falar, sorrir, chorar, gritar, fazer sinais. E continuamos com dificuldade em demonstrar nossos sentimentos.


Tantos ensinamentos vem desses bichinhos.


Valorizar. Cuidar. Demonstrar. Entender. Zelar. Amar.


Dizem por aí que o cão é o melhor amigo do homem.


E eu concordo.


Porque só quem já teve ou tem um cão para sentir o carinho e parceria que existe nessa relação. É um aprendizado constante. É amor constante.

 
 
 

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