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Você sabe com quem está falando?

  • Foto do escritor: Ana
    Ana
  • 6 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jul. de 2020

Imaginem uma cena: vários bares e restaurantes reabrindo no Rio de Janeiro, em meio a pandemia e depois de ficarem fechados por três meses. Várias regras a serem cumpridas para que a saúde e segurança de funcionários e clientes sejam mantidas.


Uma fiscalização da Vigilância Sanitária acontece, e verifica-se que vários estabelecimentos não estão atendendo ao solicitado em decreto, e por isso devem ser fechados.


Esse é o cenário de uma reportagem que eu estava assistindo ontem. Algumas pessoas não gostaram da situação, reclamaram. Até aí, tudo normal. Até que um casal decide enfrentar os fiscais.


Até esse momento eu não estava tão atenta a reportagem, mas as palavras do casal me fizeram pensar. O homem chega ao fiscal e pergunta se ele não vai falar com o chefe, e a esposa complementa dizendo que sai do bolso dela o salário dele. Continua a conversa e o fiscal chama, em dado momento, o homem de cidadão. Esse é o gatilho para a frase final.


"Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você."


Na hora me veio a mente aquelas cenas de filme em que o empresário cheio da grana e metido fala para outra pessoa: Você sabe com quem está falando?


Todos nós somos cidadãos, não importa a formação que tenha ou o saldo bancário, e vivemos em uma sociedade. Todos os cidadãos possuem um papel para que essa sociedade funcione, e nenhum papel é melhor ou maior que o outro. Os papéis se complementam.


Somos todos iguais.


E acho que essa é a lição mais dura de se aprender. Porque queremos ser diferentes, especiais. Melhores. Mas na verdade não entendemos o que ser melhor significa. Confundimos o grau de comparação. Nós queremos ser melhores que os outros? Nos comparar a quem?


A comparação deve vir de dentro. Eu devo ser melhor e diferente do que eu mesmo já fui. Eu devo me comparar a mim mesmo. Isso se chama evolução. E é isso que nos torna especiais. Nos torna melhores.


Cortella já disse que "o conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las". Porque antes de ser um ótimo profissional, ter vários diplomas e muita experiência, eu preciso ser uma boa pessoa.


De que adianta todo o conhecimento do mundo se eu não aprendo o mais básico - a ser um ser humano?


Pessoas boas inspiram as outras a crescer. Não as colocam para baixo.


Por mais pessoas boas nessa sociedade.


Estamos precisando.

 
 
 

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